Opções vão de ovos tradicionais a brownies, com preços a partir de R$11,90
Por Jéssyka Prata e Moema Feital
Entre brownies, ovos recheados, trufas, bombons, colombas e tortas, há muito chocolate e muitos consumidores dispostos a fazer uma páscoa diferente. Os estabelecimentos comerciais de Juiz de Fora, por sua vez, estão investindo em ingredientes alternativos a fim de agradar os mais diversos públicos, inclusive aqueles que apresentam intolerância à lactose, à proteína do leite, ao glúten e os diabéticos.
Nesta páscoa, opções não vão faltar. As grandes marcas oferecem ovos tradicionais, trufados, diet, com mais de uma camada, sem lactose e glúten. E ainda há alternativas com recheios pastosos, de frutas, castanhas, marshmallow e com brinquedos para as crianças. A vendedora Sideny Gomes, da Cacau Show, conta qual o critério dos clientes na escolha dos produtos: “Se o presente de Páscoa for para muitas pessoas, eles procuram por preço. Mas se for para apenas uma, procuram por qualidade e tamanho.” Além disso, segundo Sideny, a embalagem também é levada em consideração.
O consumidor encontra ovos de chocolate a partir de R$11,90, mas se a intenção é impressionar, algumas lojas oferecem ovos que chegam a pesar 10kg. O preço é proporcional à quantidade de chocolate, podendo custar até R$1.800. Na Cacau Show, “o ovo com 2,8kg de chocolate custa R$242 e vem com bombons de licor de cereja, trufa e avelã. Já os ovos comerciais, variam de R$34,90 a R$74,90. Temos para todos os públicos”, esclarece o promotor de vendas Valter Ferreira Júnior.
Outra opção são os produtos artesanais, dentre os quais se destacam as cestas, muitas vezes montadas pelos próprios clientes, e os ovos personalizados. “Criamos produtos de acordo com o paladar de nossos clientes, sempre focando na qualidade e buscando trazer uma experiência diferente com a nossa gama de produtos”, afirmou Raphael Mendes, proprietário do Brownie do Rapha, que garante aumento de 30% a 40 % nas vendas durante a páscoa. A comercialização das mercadorias para a Páscoa começa com até um mês de antecedência, e, para aqueles que costumam deixar para a última hora, Ferreira Júnior lembra que esta é a época em que mais se vende chocolate, portanto, comprar na véspera nem sempre é a melhor escolha. “Neste ano, a Páscoa será dia 5 de abril, e a previsão é que aproximadamente dez dias antes já não tenhamos mais produtos disponíveis na loja. Apenas os de linha, que são aqueles que trabalhamos durante todo o ano”, alerta o promotor de vendas.
Produtos direcionados
Visando suprir as necessidades de um público específico, as fábricas e os empreendedores locais também investem em produtos diet, com zero lactose e sem glúten. Entre as opções, o mercado oferece tabletes de chocolate com 85% de cacau, bombons e tortas diet, além dos ovos com zero lactose e glúten.
A publicitária Caroline Dias, 33 anos, é uma das que consomem esses produtos. Ela precisou fazer cirurgia bariátrica há cerca de dois anos, o que ocasionou dumping (reação do organismo que provoca rápida absorção de açúcar no sangue). Desde então, ela tem preferido os produtos diet e artesanais. “Nesta Páscoa eu vou procurar por ovos diet ou que tenham recheio de frutas, como por exemplo, os com casca de chocolate e recheio de mousse de maracujá. Dessa forma, o ovo fica mais leve do que um todo feito de chocolate.”
Já a tosadora Thaís Pires, 28, descobriu há aproximadamente três anos que tem resistência a glúten e por isso precisou mudar a alimentação. “Não posso comer nada feito de farinha de trigo e aveia. Esses ingredientes estão presentes em praticamente tudo, principalmente nas massas, que eu tanto gostava”, queixa-se Thaís.
Além da intolerância ao glúten, a jovem é vegetariana e busca evitar também os produtos com lactose. “Já gostei muito de doces, mas hoje não me faz falta. De vez em quando, até dá vontade, mas recorro a algo que posso comer. Por exemplo, faço bolo de chocolate sem glúten e sem lactose”, diz Thais, reforçando que nesta Páscoa fará seu próprio alimento. E afirma que, apesar de o mercado oferecer maior quantidade desses produtos, o preço ainda é alto.